A estrada ainda é longa. Mas já perdi as contas dos passos que dei. Alguns mais largos, outros mais curtos, mas sempre tentando não dar um passo maior que a perna.
Quando comecei essa estrada musical, achei que seria difícil... estava certo. Nada que não pudesse ficar ainda mais difícil. Quando descobri a música da minha alma, muitas portas se fecharam. "Esse tipo de música não toca aqui..." Em contrapartida, se abriram novos horizontes... comecei a voar feito um carcará e aprendi a ter paciência. O carcará, quando tudo parece perdido, é que ele encontra seu alimento. Foi o que fiz... transmutei-me em carcará. As minhas unhas longas de tocar a viola são as mesmas garras dessa ave. O meu cantar, que pode causar estranheza, é o mesmo canto do polyborus plancus.
E lá de cima, vejo melhor que caminhos seguir. E quando tentam me prender na gaiola do lugar comum, arrebento as grades de ferro e novamente me jogo nesse vôo de guerra, em defesa do Cerrado e das Tradições; das Matas e dos Rios.
"Sou guardião do Cerrado
Bicho forte, Carcará
Bicho forte, Carcará
Amarelo, sou Ipê
Vermelho, Lobo Guará"
Viva a Cultura Popular!
Viva o Cerrado!
Avôa Carcará. Salgue a terra, meu bicho do cerrado! Sangre estranhamente como um pássaro lunar. Festeje nosso brasil. Cumpra sua sina de encantar palavras. Chore sua viola, escorra nossas dores e ausências. E novamente levante seu corpo e seu olhar através de nossa dança: pés de catira, mãos de cateretê. Jorre fogo pelas ventas, flores pelas asas. Carregue-nos em seu dorso. Solte os cabelos, olhe pra cara linda de seu filho, ame os coloridos dos vestidos de sua mulher, junte-se aos amigos da cantoria insistentemente bela e não se esqueça dessa madrinha. Abraço, Consuelo de Paula
ResponderExcluirSaudações de alguém que muito admira a tua música, pessoa e poesia Estiveste um dia destes a nos visitar em Uberaba, proseamos um bocado, será que se lembra deste pedacinho? " canoinha" é uma palavra que te parece familiar? Tive o prazer de te conhecer na Tecelagem te lembras? Mas não te pude ouvir naquele mesmo dia, mas não faltará oportunidade. Parabéns pelo trabalho, estou encantada. Deixo-te um pouco da minha paixão, a minha poesia.
ResponderExcluirEu sou do mato e não nego. / Já andei lá pelo cerrado, / cortei o sertão e o agreste, /
virei "uai" "cabra da peste" / nasci "cabôco rocêro".// Na lida plantei e colhi, / E aprendi
com a natureza/ quando o céu vem "desaguá", / mas conto a mesma tristeza / Nessas
"andança" de pedra,/ Quando longe estou da terra / E eu quero logo "vortá"/ E eu
"vorto" sabe seu moço?/ Eu sou do mato e não nego.
Um abraço para vocês!
Suzane Barcelos
Linda essa analogia com o carcará. Conheço pouco dessa ave, mas sei do fascínio que ela vem suscitando em muitos artistas nessa nossa terra. E de fato, como o carcará, quando está tudo perdido encontramos nosso alimento. Que venham muitos voos, cada vez mais altos e muitos horizontes para se desbravar...
ResponderExcluirOi, Luiz!
ResponderExcluirIncrível! Terminamos, eu e meu grupo, um trabalho para apresentar na próxima aula, justamente sobre a sua música Carcará. Parece até copia desta sua postagem, pois o trabalho foi ilustrado desta maneira. Ficou bem legal!
Depois da apresentação escrevo contando como foi. Um abraço!
Angelina Bento
RESPOSTA PARA CONSUELO DE PAULA...
ResponderExcluirQuerida parceira e madrinha,
sempre gentil nas palavras...
Sua música é sua alma traduzida em versos.
Abraços e muito obrigado!
Luiz Salgado.
RESPOSTA PARA ANGELINA...
ResponderExcluirAngelina... depois quero mesmo saber como foi a apresentação com o Guardião do Cerrado. Obrigado pelo carinho com meus passarinhos...
Abraços.
Inté.
Luiz Salgado.
RESPOSTA PARA CARLOS RENATTO...
ResponderExcluirCarlos Renatto... vamos nos encontrar em breve aí na sua cidade... e graças a você.
De fato, o Carcará é um personagem (real) que descreve muito em o Cerrado. Ele está presente em várias músicas minhas. Depois vou te enviar algum material sobre ele.
Grande abraço procê, Valter e Cátia Luvi.
Inté.
Luiz Salgado.
RESPOSTA PARA SUZANE...
ResponderExcluirSuzane, (claro q lembro do barquinho...). Que beleza de versos... Vamos musicar e fazer uma parceria?
Vou cantar hoje e amanhã aí em Uberaba. No Capadócia e no Cebola; e dia 14/06, lanço meu DVD lá no Teatro do Sesi. Tomara q dê pra vc ir.
Abraços.
Inté.
Luiz Salgado.
Oi Luiz, só agora a ler a tua mensagem, mas que pena. Mas já anotei na minha agenda o dia 14, farei o possível para estar presente. Quanto a parceria, será um prazer! Adoro a tua música. Mais abraços,
ResponderExcluirSuzane.
Oi, Luiz!
ResponderExcluirA apresentação do trabalho ficou muito legal. O meu grupo ficou com nota máxima. Comentei um pouco sobre o seu perfil e apresentei para a turma dois desenhos grafitados do carcará e do tamanduá, além dos slides que exibimos. Obrigada pelo conteúdo e permissão em usá-lo. Um abraço!
Angelina
RESPOSTA PARA ANGELINA...
ResponderExcluirQ bom q foi bacana a apresentação. Parabéns pela nota. Sempre que precisar usar alguma música minha, pode ficar à vontade.
Obrigado por divulgar o Cerrado, esse bioma de infinita importância para o equilíbrio ecológico.
Grande abraço.
Inté.
Luiz.
Luiz, preciso de seu contato para contratar um show, como faço!? Pâmella Luz
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